quarta-feira, 30 de novembro de 2011

ADVENTO

Meditando a chegada de Cristo, devemos buscar o arrependimento dos nossos pecados e preparar o nosso coraçãoA+
A-
O Ano Litúrgico começa com o Tempo do Advento; um tempo de preparação para a Festa do Natal de Jesus. Este foi o maior acontecimento da História: o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Dignou-se a assumir a nossa humanidade, sem deixar de ser Deus. Esse acontecimento precisa ser preparado e celebrado a cada ano. Nessas quatro semanas de preparação, somos convidados a esperar Jesus que vem no Natal e que vem no final dos tempos.


Nas duas primeiras semanas do Advento, a liturgia nos convida a vigiar e esperar a vinda gloriosa do Salvador. Um dia, o Senhor voltará para colocar um fim na História humana, mas o nosso encontro com Ele também está marcado para logo após a morte.


Nas duas últimas semanas, lembrando a espera dos profetas e de Maria, nós nos preparamos mais especialmente para celebrar o nascimento de Jesus em Belém. Os Profetas anunciaram esse acontecimento com riqueza de detalhes: nascerá da tribo de Judá, em Belém, a cidade de Davi; seu Reino não terá fim... Maria O esperou com zelo materno e O preparou para a missão terrena.


Para nos ajudar nesta preparação usa-se a Coroa do Advento, composta por 4 velas nos seus cantos – presas aos ramos formando um círculo. A cada domingo acende-se uma delas. As velas representam as várias etapas da salvação. Começa-se no 1º Domingo, acendendo apenas uma vela e à medida que vão passando os domingos, vamos acendendo as outras velas, até chegar o 4º Domingo, quando todas devem estar acesas. As velas acesas simbolizam nossa fé, nossa alegria. Elas são acesas em honra do Deus que vem a nós. Deus, a grande Luz, "a Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo", está para chegar, então, nós O esperamos com luzes, porque O amamos e também queremos ser, como Ele, Luz.


No lº Domingo, há o perdão oferecido a Adão e Eva. Eles morreram na terra, mas viverão em Deus por Jesus Cristo. Sendo Deus, Jesus fez-se filho de Adão para salvar o seu pai terreno. Meditando a chegada de Cristo, que veio no Natal e que vai voltar no final da História, devemos buscar o arrependimento dos nossos pecados e preparar o nosso coração para o encontro com o Senhor. Para isso, nada melhor que uma boa Confissão, bem feita.


Até quando adiaremos a nossa profunda e sincera conversão para Deus?


No 2º Domingo, meditamos a fé dos Patriarcas. Eles acreditaram no dom da terra prometida. Pela fé, superaram todos os obstáculos e tomaram posse das Promessas de Deus. É uma oportunidade de meditarmos em nossa fé; nossa opção religiosa por Jesus Cristo; nosso amor e compromisso com a Santa Igreja Católica – instituída por Ele para levar a salvação a todos os homens de todos os tempos. Qual tem sido o meu papel e o meu lugar na Igreja? Tenho sido o missionário que Jesus espera de todo batizado para salvar o mundo?


No 3º Domingo, meditamos a alegria do rei Davi. Ele celebrou a aliança e sua perpetuidade. Davi é o rei imagem de Jesus, unificou o povo judeu sob seu reinado, como Cristo unificará o mundo todo sob seu comando. Cristo é Rei e veio para reinar; mas o seu Reino não é deste mundo; não se confunde com o “Reino do homem”; seu Reino começa neste mundo, mas se perpetua na eternidade, para onde devemos ter os olhos fixos, sem tirar os pés da terra.


No 4º Domingo, contemplamos o ensinamento dos Profetas: Eles anunciaram um Reino de paz e de justiça com a vinda do Messias. O Profeta Isaías apresenta o Senhor como o Deus Forte, o Conselheiro Admirável, o Príncipe da Paz. No seu Reino acabarão a guerra e o sofrimento; o boi comerá palha ao lado do leão; a criança de peito poderá colocar a mão na toca da serpente sem mal algum. É o Reino de Deus que o Menino nascido em Belém vem trazer: Reino de Paz, Verdade, Justiça, Liberdade, Amor e Santidade.


A Coroa do Advento é o primeiro anúncio do Natal. Ela é da cor verde, que simboliza a esperança e a vida, enfeitada com uma fita vermelha, simbolizando o amor de Deus que nos envolve e também a manifestação do nosso amor, que espera ansioso o nascimento do Filho de Deus.


O Tempo do Advento deve ser uma boa preparação para o Natal, deve ser marcado pela conversão de vida – algo fundamental para todo cristão. É um processo de vital importância no relacionamento do homem com Deus. O grande inimigo é a soberba, pois quem se julga justo e mais sábio do que Deus nunca se converterá. Quem se acha sem pecado, não é capaz de perdoar ao próximo, nem pede perdão a Deus.


Deus – ensinam os Profetas – não quer a morte do pecador, mas que este se converta e viva. Jesus quer o mesmo: “Eu vim para que todos tenham a vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Por isso Ele chamou os pecadores à conversão: “Convertei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus” (Mt 4,17); “convertei-vos e crede no Evangelho” ( Mc 1,15).


Natal do Senhor, este é o tempo favorável; este é o dia da salvação!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Reunião de Pais

Sexta feira agora dia 21

domingo, 2 de outubro de 2011

Respeito

Muitas vezes, no dia a dia, vamos nos deparando com manifestações preconceituosas e críticas em relação a nós mesmos ou a fatos e idéias com as quais nos identificamos, ou a pessoas de quem gostamos. Não é muito fácil conviver com idéias opostas, ou gostos contrários, mas com educação e cordialidade é até possível que os opostos convivam. Porém nessa época em que todos tem espaço e voz através dos meios digitais, quem antes ficava oculto no anonimato das limitações de comunicação, hoje entra em nossa vida com tudo, sem bater na porta, sem ao menos pedir licença, sem um mínimo de respeito às nossas posições.

Em outra ocasião, encontrei neste link um belo ponto de vista de Leonardo Boff sobre respeito:

O respeito implica reconhecer que cada ser vale por si mesmo, porque simplesmente existe e, ao existir, expressa algo do Ser e daquela Fonte originária de energia e de virtualidades da qual todos provém e para a qual todos retornam . Numa perspectiva religiosa, cada ser expressa o próprio Criador.

Ao captarmos os seres como valor intrínseco, surge em nós o sentimento de cuidado e de responsabilidade para com eles a fim de que possam continuar a ser a a coevoluir.

As culturas originárias atestam a veneração face à majestade do universo, o respeito pela natureza e para cada um de seus representantes.

Vejo que é desse respeito profundo e verdadeiro que a sociedade carece, muitas vezes sem saber do que especificamente está precisando. Ando por aí e vejo indivíduos secos, sem graça, sem vida. Olhando uns aos outros como meros indivíduos, como agentes comerciais, como clientes, e não mais como humanos. Isso quando não se olham com preconceito, sectarismo, etc. É da natureza humana o individualismo e a insensibilidade quanto à situação alheia, certo? Não sei… Pode ser da natureza humana, mas convenhamos que nem tudo que nos é natural, nos será digno.

Quero acreditar que o verdadeiro e grandioso espírito humano é aquele que se importa, sim, com a situação alheia. Ele sabe que o grande mal da humanidade é a IGNORÂNCIA, a desatenção, e a partir deste dicernimento, passa a olhar os outros como irmãos menores. Ou mais, quanto mais consciência temos de nossa humanidade, mais olhamos os outros como o pai que cuida zelosamente de seus filhos, sabendo de suas “inconsciências”, com a paciência digna e valorosa de um verdadeiro zelador.

O teólogo americano James Clarke disse:

Um político pensa na próxima eleição. Um estadista, na próxima geração.

Essa citação traduz bem o que estou querendo dizer. O verdadeiro ser humano, aquele que tem humanidade no coração, respeita os outros e pensa neles como pessoas, isto é, e em como ajudá-las a viver melhor, com atenção, carinho e zelo. Já uma maioria que encontramos a cada passo, pensa em qual será sua próxima vantagem.

Ronaud Pereira


FONTE: http://www.ronaud.com/bom-senso/sobre-o-respeito/

Evangelho do Dia - MT 21, 33 - 43

Esta parábola, desenvolvida no estilo narrativo, como algumas outras semelhantes de Mateus, parte de uma imagem que implica em uma relação de poder comum nas sociedades. Aqui temos o conflito entre o proprietário e os arrendatários. Desta relação de poder emergem detalhes de violência envolvendo ambas as partes. A sua interpretação deve ser cuidadosa, evitando-se uma imagem final de um deus violento e vingativo, a qual é muito característica do Primeiro Testamento. O Deus de Jesus é o Deus acolhedor que transforma os corações pelo amor.
Conforme a narrativa de Mateus, no dia seguinte ao da denúncia do Templo de Jerusalém como tendo se tornado um covil de ladrões, Jesus volta aí, enfrentando a hostilidade dos chefes dos sacerdotes e anciãos do povo que questionavam sua autoridade. Lhes apresenta, então, a parábola dos dois filhos, um faz a vontade do pai e outro não, seguida desta parábola envolvendo a vinha arrendada, que é uma denúncia do governo teocrático do Templo de Jerusalém, que, em nome de Deus discriminava e oprimia o povo, em vez de promover-lhe a vida, e planejava a morte do próprio Jesus. A vinha, na tradição profética de Israel, representa o povo. Na primeira leitura o profeta Isaías fala da vinha, que é a casa de Israel. Quem cuida da vinha é o próprio Deus. A vinha, embora bem cuidada, não deu frutos. Esperava-se que frutificasse o direito e a justiça, mas só se viu a tirania e o clamor do oprimido. Nesta parábola de Mateus, Deus é o proprietário da vinha, que representa o povo, a qual é entregue aos cuidados de agricultores arrendatários, como uma alusão aos dirigentes religiosos de Jerusalém. A estes cabia conduzir o povo de Deus fazendo frutificar a justiça e o direito. Mas tal não aconteceu. Quando o Filho de Deus vem para colher estes frutos, não só não os encontra como será morto por estes dirigentes. A sentença final significa uma reviravolta: o Reino de Deus será tirado destes dirigentes e entregue a um povo que produza frutos. Jesus lançou as sementes de uma nova vinha. É um povo entre o qual vigora "tudo que é verdadeiro, digno de respeito ou justo, puro, amável ou honroso, com tudo o que é virtude ou louvável" (segunda leitura). O amor e a justiça unem a todos na paz e seus frutos permanecem para sempre.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Aprendamos a rejeitar todo sentimento de vingança

São Lucas, no Evangelho de hoje, traz-nos o firme e voluntário propósito de Jesus em se dirigir ao centro do Judaísmo – Jerusalém – para ali fazer Seu anúncio libertador, em um confronto direto com o estado teocrático judaico.

Jesus sabia que com tal decisão colocaria em risco a própria vida, pois, conforme nos descreve Lucas, “estava chegando o tempo de Jesus ir para o céu”.

O evangelista faz como que uma preparação da narrativa da Ascensão, que será feita nos Atos dos Apóstolos. Ao atravessarem a Samaria, os discípulos, enviados a um povoado para preparar hospedagem, devem ter cometido um equívoco. Com sua visão triunfalista tradicional devem ter falado de um Jesus glorioso, restaurador de Israel, o que suscitou a rejeição dos moradores, que eram discriminados pelos judeus. E, ainda, com espírito vingativo, estes discípulos queriam um fogo do céu para destruí-los. Veja o que dizem: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para destruí-los?”

Quantas vezes você e eu não pensamos em nos vingar daqueles que nos fazem mal, nos odeiam, caluniam, insultam ou contrariam? Quando o espírito de vingança vier bater à sua porta, lembre-se da atitude do Senhor diante da inquietação dos discípulos: “Jesus, porém, voltou-se e repreendeu-os. E partiram para outro povoado”. Portanto, com um simples gesto, Jesus repreende-lhes essa sua ideologia.

Muitas vezes, julgamos que o problema está nos outros. Quando, afinal – e não poucas vezes – está em nós como também não estava nos samaritanos, mas na cegueira dos discípulos enviados. Os nossos olhos, em muitas ocasiões, ficam “impedidos de ver” e olhamos as falhas dos outros e então os censuramos e excluímos. O próprio Lucas, na parábola do samaritano e, depois, João, em seu Evangelho, destacam a acolhida dos samaritanos a Jesus.

Peçamos a graça de ver nossas limitações, nossas cegueiras e erros para podermos – com compaixão, misericórdia e perdão – acolher aos nossos irmãos e irmãs. E, assim, não aconteça que “fechemos as portas” a Jesus como fizeram os samaritanos.


PADRE BENTU MENDONÇA

Qual a importância de ser coroinha?

Não é uma escolha pessoal apenas. É uma proposta de Deus que o chama através de sua comunidade.

SER COROINHA NÃO É UM PRIVILÉGIO.
É UM SERVIÇO... UM MINISTÉRIO!!!

Veja algumas atitudes que são necessárias ao coroinha:
- Espírito de disponibilidade: estar pronto para ajudar.
- Espírito sensível: estar atento às necessidades.
- Espírito de equipe: ninguém constrói nada sozinho, muito menos a Igreja e o Reino de Deus. Portanto, no grupo de coroinhas não deve haver competição, mas ajuda, companheirismo e amizade.
- Espírito de fé: a celebração eucarística é o momento mais forte da vida da comunidade. É ali que todos celebram suas vidas, suas lutas pela justiça e a fraternidade. Por isso, o coroinha não está no altar como se estivesse fazendo um teatro. Ele está ali para ajudar a comunidade a rezar. Assim, deve participar da celebração com atenção e piedade.

Compromisso com Deus

Se comprometer-se significa obrigar-se por vontade própria a realizar uma promessa feita em grupo, o compromisso diz mais respeito à atitude que cada um dos membros do grupo assume para realizar (concretizar) o que se propuseram fazer em conjunto. O compromisso empenha as pessoas por elas próprias, isto é, obriga-as livremente a cumprirem o que prometeram. Neste sentido, o compromisso assumido na liberdade dos filhos de Deus exige responsabilidade. Enquanto o homem tiver vida, o compromisso nunca acaba, porque quando se atinge uma meta abre-se imediatamente outra; a nossa vida enquanto peregrinos por esta terra é um contínuo comprometer-se até vermos Deus face a face.

O cristão é o discípulo de Cristo pelo batismo. Todos nós pelo batismo somos libertos do pecado e regenerados como filhos de Deus; tornamo-nos de Cristo, ungidos do Espírito Santo, constituindo-nos templos espirituais; somos incorporados na Igreja e feitos participantes da missão de Cristo e da Igreja: "anunciar a Boa Nova aos pobres, proclamar a libertação aos cativos, aos cegos o recobrar da vida, para mandar em liberdade os oprimidos e proclamar um ano de graça do Senhor". Cristão é aquele que com o exemplo da sua vida do dia a dia mostra ser uma "carta de Cristo enviada aos homens", porque o Espírito de Cristo actua em si e fá-lo viver de acordo e iluminado pela Sua vontade. Por outras palavras: leva uma vida inspirada pelo Evangelho de Jesus Cristo.

Numa palavra, o cristão é chamado a participar dos destinos da própria nação com o Evangelho na mão e a caridade (solidariedade) no coração para que, num serviço humilde e desinteressado, numa atitude compreensiva e profética, o amor de Deus chegue a cada homem.

Então assuma suas responsabildades com seu Irmão quando vc assumir um compromisso, lembre se que você não estará falhando com homens mais sim com DEUS